sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Coordenados

Assim como não gosto das cozinhas (principalmente) tudo inteiro, único, não gosto dos quartos que parece que a pessoa pegou o show room e do jeito que estava deixou.

Tem que ter um toque pessoal. Bem, mas bem mesmo, pessoal.

Se tiver que ter o sofá de uma linha, o rack de outra tudo bem, desde que estejam em harmonia. Melhor ainda se forem bem contrastantes, tipo um bem rústico, o outro bem moderno. Um bem colonial, o outro com muito vidro. Mas em hormonia, claro e é possível sim. É só ter um pouco se sensibilidade e bom-gosto. Já vi inúmeros ambientes assim.
Alguns meio barrocos, cheinhos de informação, algumas totalmente improváveis. Mas ainda prefiro assim. Pelo menos fica claro que quem decorou, ou foi colocando as peças uma a uma ao longo do tempo usou de criatividade e não usou a estratégia que parece segura, que é aderir ao que vem pronto da loja.

E tem gente que compra até o vaso! Jesus!

Por isso o homem-aranha vai reinar absoluto no quarto do meu filho, sem mais nada do mesmo personagem. E por isso a colcha náutica não vai ter um tapete ou cortina com o mesmo padrão. Combinandinho, não!

Ao final do post, não sei se enalteci quem tem a ousadia de tentar fazer suas composições de acordo com seu gosto ou história, ou se critiquei quem cai no lugar comum. Tenho que lembrar que nem todos tem uma veia de decorador. Mas uma coisa é certa: mesmo não tendo a decoração como hobby, todo tem uma história para expôr na própria casa e com certeza ela é mais bonita que qualquer show room impessoal.

Nessa hora, queria ver de novo a casa da Vó. Os padrões dos tecidos, os vidros, e principalmente as latinhas. Ai como eu queria hoje uma latinha daquelas de maná - que até hoje não sei o que é, mas que já me faziam a cabeça.

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